quarta-feira, janeiro 24, 2007 

Despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez

Sábado, dia 27, 21h
Auditório da ESEL (Escola Superior de Educação de Leiria)
Participantes:
Maria de Belém
(Deputada pelo PS) No próximo dia 11 de Fevereiro vote SIM, o SIM responsável

Sábado, dia 27 às 18h
Pequeno auditório Cine Teatro de Alcobaça

Participantes:

Sónia Fertuzinho
(Deputada pelo PS)
Ofélia Moleiro
(Deputada pelo PSD)



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Aborto: sim, não ou talvez ...

Aborto, uma questão que, ao longo dos anos, tem estado sempre a ser mal discutida. E, mais uma vez, levada a extremos desnecessários tanto por aqueles que “querem” a despenalização e irão votar SIM, como por aqueles que dizem “não querer” a despenalização e irão votar NÃO.

Em meu entender existem duas questões primordiais nesta problemática: A primeira, a mulher que quer abortar, certamente não o fará de ânimo leve, mas se o fazer, no mínimo, ficará com mazelas psicológicas para toda a vida. A segunda, as tais 10 semanas em que o feto mede cerca de 6 cm e pode pesar cerca de 14 gramas. Segundo alguns especialistas, o feto e todos os órgãos vitais estão formados. O coração bate e é possível registar os batimentos.

Existe contudo uma realidade incontornável, o aborto ilegal, que para além de, como já disse, psicologicamente já ser muito complicado para a mulher, esta ter de ir a “clínicas” clandestinas, sem condições sanitárias, correndo risco de vida, podendo ser julgadas e condenadas, ou recorrer a Espanha fazer um aborto em boas condições, pagar centenas largas de Euros. É hipocrisia. É humilhante.

Os custos não são apenas económicos, são sociais, legais.

Os defensores do NÃO, querem fazer passar a mensagem que a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, (“são três as circunstâncias em que é permitida a interrupção da gravidez: quando constitui o único meio de evitar perigo de morte ou de lesões irreversíveis para a saúde física ou psíquica da mulher grávida e desde que realizada nas primeiras 12 semanas; quando se sabe que o bebé pode vir a sofrer de doença incurável ou de uma malformação e for realizada nas primeiras 16 semanas; quando a gravidez resulta de violação, caso em que tem de ser realizada nas primeiras 12 semanas.
Estas situações têm de ser certificadas em atestado médico antes da intervenção, por médico diferente daquele por quem a interrupção é realizada. O consentimento tem de ser prestado em documento assinado pela mulher grávida e, sempre que possível, com três dias de antecedência relativamente à data da intervenção.”
In Correio da Manhã) irá criar um efeito de banalização da questão por parte das mulheres e interessados, fazendo com que o aborto seja prática normal na sociedade.

Acredito que muitos dos que são a favor do NÃO felizmente nunca passaram por uma situação do género, muitos, permitam-me a especulação, acredito que mudariam de ideias caso tivessem tido uma experiência de gravidez indesejada. Afirmo isto porque segundo um estudo 8% dos abortos são feitos por pressão familiar. Mais, segundo o mesmo estudo sobre aborto, 78% das pessoas que passaram por esta situação escolheram o local para abortar através de pessoas amigas, este dado diz-nos muito da dimensão do problema. Parece que são muitos aqueles que conhecem locais onde se pratica o aborto.

Uma de duas conclusões a que chego é que, o referendo mostra que o poder político e a sociedade não se encontram preparados para lidar com esta questão, daí os políticos “atirarem” a responsabilidade, uma vez mais, para o eleitorado, e este ainda não perceber bem o que está em causa e qual a dimensão do problema no dia de votar.

A segunda conclusão, é a hipocrisia que existe e muito na nossa sociedade. Só paramos de assobiar para o lado, quando o problema nos bate à porta, esperando que isso nunca nos aconteça. Esta consciencialização individual de que temos de fazer alguma coisa para alterar a lei é talvez o maior problema a combater . É um problema das mulheres … pensam alguns homens… Elas que o “resolvam!”; É um problema de mentalidade, onde está subjacente a desigualdade entre sexos. É um problema de saúde pública que é necessário erradicar da clandestinidade e desenvolver e aprofundar a ideia de uma maternidade e paternidade consciente, planeada o mais possível e, portanto, desejada.

Este escrito não é um editorial a favor nem contra a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, é simplesmente um texto para despertar consciências, e antes de se refugiarem num NÃO ou num SIM, debatam ideias em consciência, coloquem-se dos dois lados da questão e por fim... vão votar no próximo dia 11 de Fevereiro, conscientes que o fizeram com o sentido de responsabilidade que vos foi pedido para o fazerem.

Cumprimentos

Mais a Norte ...

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Assembleia pelo SIM


"No passado dia 14 os vários movimentos pelo SIM arrancaram em força a sua campanha.

Em Aveiro (uma cidade que votou maioritariamente não em ’98 e onde três mulheres foram entretanto condenadas pelo crime de prática de aborto com seis meses de prisão com pena suspensa), cinco dos movimentos pelo sim juntaram forças e apresentaram-se perante uma plateia completamente cheia.
A sessão começou com a chamada de atenção para o estudo efectuado pela APF, chamada de atenção essa que versou alguns dos aspectos mais importantes e que desmistificaram muitas das questões levantadas sobre a prática de IVG em Portugal.
Seguiu-se posteriormente para as intervenções dos activistas dos vários movimentos, das quais queremos destacar as intervenções de Dr. Albino Aroso, Dr. Vasco Freire, Afonso Candal, José Manuel Pureza e Paulo Vieira.
É de realçar a grande adesão popular a esta assembleia, num distrito que, voltamos a frisar, teve um resultado contrário às nossas convicções no último referendo, adesão essa que nos fortalece ainda mais a convicção de que a sociedade portuguesa está finalmente mobilizada para por fim a este grave problema que assola transversalmente a mulher portuguesa." in JS

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Nova versão dos Estatutos da JS

A nova versão dos estatutos da JS, aprovados na Comissão nacional da JS, que decorreu em Torres Vedras no passado dia 13, já estão disponiveis no site da JS em formato PDF. [Descarregue aqui]

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Sobre Nós

  • JS Castanheira de Pera
  • Leiria, Castanheira de Pera, Portugal
  • A Juventude Socialista de Castanheira de Pera(JS) é uma organização política de esquerda que surge como juventude partidária do Partido Socialista. A JS Castanheira de Pera encontra nesta corrente política e ideológica um projecto progressista de restruturação e transformação social, centrada nos valores da Igualdade, da Solidariedade e da Liberdade! Composta por jovens que se dizem insatisfeitos com o mundo em que vivem, esta organização defende uma sociedade livre de injustiças, desigualdades e de pobreza, que saiba respeitar e ser tolerante com as diferenças. Lutam por uma sociedade onde o desenvolvimento é sustentável e que, portanto, respeita e protege o ambiente. Pretende uma sociedade próspera e avançada culturalmente, capaz de assegurar a todos educação e cuidados de saúde de qualidade, protecção social e emprego com direitos. Os jovens socialistas são internacionalistas e radicais na defesa da paz. É por esta razão que a intervenção política desta organização também passa pela procura e pela defesa de uma alternativa para um mundo muito marcado pela desigualdade, pela pobreza e pela guerra. Junta-te à nós!! Esquerda é Juventude!!
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